CHAPEUZINHO AZUL
Era uma vez, numa pequena vila da Penha um menino que
ficava admirando o céu. Pensava em ser astronauta, aviador, passarinho... Todo
mundo gostava dele, e sua avó mais ainda, tanto que decidiu dar um boné azul
pra proteger o rosto do sol quando ele brincava com os bichinhos do quintal.
Um dia, sua mãe o chamou:
- Roninho precisa levar uma
tortinha pra sua avó, mas ó – não vai encontrar um amiginho e ficar jogando
bola ou se distrair com as plantas e animais, ein!
Mas não teve jeito, não adiantou a mãe avisar que o Roninho ia brincando com a
bicharada... Até que de repente um lobo saiu de trás de uma moita. O bicho
descobriu que o menino ia pra casa da avó e tava roxo de fome, resolveu “fazer
um rango” (da avó e do menino). Aí, o lobo, se fazendo de amigo do Roninho disse que ia na
frente pra ir arrumando a mesa, e lá se foi. Chegou como quem não quer nada, e
quando ia atacar a vovó, a velhinha sacou uma espingarda e deu um tiro no lobo.
Depois preparou o bicho e pôs ele pra assar.
Finalmente quando Roninho chegou com a sobremesa os dois comemoraram mais uma
caçada bem sucedida, almoçaram lobo assado e foram tirar uma soneca. Só não
esperavam que o pessoal do GreenPeace tava passando por ali e encontrou os restos do lobo,
que estava em extinção. Bem, foi a maior confusão: a vovó e o menino foram
parar na cadeia, mas depois foram libertados, pois a avó era de outra geração e
não conhecia as novas leis que protegem os animais.
Roninho aprendeu a lição, respeitar e proteger todos os seres
vivos. Dizem que virou professor de Ciências e nunca mais usou boné azul.
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