Certamente alguns de nós passamos
pelo sete de setembro com um sentimento patriótico e nostálgico, com a
imaginação nas margens de um rio chamado Ipiranga, um cavalo, uma espada e um
brado retumbante. Bem, embora tenha
feito uma reflexão sobre desigualdades sociais junto com as turmas do matutino,
ouvindo os belos acordes dos Hinos Nacional e da Independência tocados por
integrantes da Banda Filarmônica de Itajaí (em que alguns são nossos alunos e a
sede é na área da escola), minha comemoração foi pela liberdade.
Estávamos, Céia e eu, não à beira
de rio, mas a beira mar; nosso cavalo: o trio elétrico; nosso grito: a
liberdade e o respeito à diversidade; também dançamos e pulamos pra valer com o “show
das poderosas”, tudo era festa e alegria. Renovamos nossa energia e nos
sentimos muito bem atendidas pela segurança e organização do evento da Passeata
pela Diversidade, no domingo em Floripa.
Alegrias e alegorias não escondem a
força dos tempos. A evolução dos tempos nos fez dar saltos em termos de
expressão social, desenvolvimento econômico e busca por equidade, porém nossos
opressores agora são outros, senão em parte nós mesmos.
Se nos desvencilhamos de Portugal
em outros tempos, nos tempos atuais vivemos à sombra da “rede”, a teia de informações
comunicações alvo de espionagem pelo EUA. Além disso, precisamos importar modos,
modas e médicos; exportar fumo, frango e nossos estudantes para melhorar a
qualificação profissional; muitos de nossos professores são formados em redes
virtuais, às vezes mais especialistas em redes sociais que nos conhecimentos
de base de sua disciplina; sem esquecer-se da fundamental necessidade de
políticos honestos.
Para a maioria da população carente
ainda ficam os recursos assistencialistas, que pela caracterização de gênero (feminino e pobre)
lhes é de grande serventia, porém uma “faca de dois gumes e um fuê (no meu dialeto gastronômico)”: se a faca
lhes corta o pão que lhe dão, também lhe tolhe o medo de progredir e o fuê (batedor) faz
virar tudo num círculo vicioso. E eu, trabalho em meio a isso tudo e às vezes
não consigo nadar contra a corrente ou círculos viciosos de afazeres... então... eu penso, escrevo e danço. Danço e rezo...
Por hora ou oração, encerro minha
semana pensando na minha pátria querida e em meu próprio patriotismo, na minha
terra de palmeiras donde canta o sabiá, que hoje se não se chamasse Brasil,
talvez pudesse chamar Deusdará.
Sexta 13!
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