Acendi todas as luzes.
Um barulho repetitivo e intrigante despertou-me.
Apurei os sentidos, alarmei os ouvidos. O céu cintilava
estrelas. Grilos e sons noturnos.
Seria apenas um sonho?
2:45. Celular. Alguém que insiste em mandar mensagens na
madrugada. Ele.
I have a dream.
Tenho? Preciso de um novo sonho.
Respiro, tento relaxar, apago pouco a pouco as luzes e os
pontos de tensão da memória. Meu pensamento voa lentamente como se sentisse a
brisa gelada do agitado Pacífico. Escuto as gaivotas, observo a neblina ao
longe.
Chego perto do castelo e lá está ele ... talvez esteja à
minha espera; numa quase solidão hipnótica que até dá medo aproximar-me de seu
mundo, tanto quanto me fascina sua desenvoltura num mundo “nosso”.
Não quero mais criar ilusões que não sejam as metáforas as
quais me conduzem à inspiração.
Quero explorar seus universos, navegar em seus mares,
conhecer seus aliados e possíveis inimigos; que não sejam apenas suas memórias
sussurradas em momentos de ardor, confusão, reflexão e sexo.
O que temos para hoje e amanhã é mais do que isso. Não permanecerei
muito tempo nesse território límbico, onírico. Preciso ver além de onde ele se
encontra, entre muros e correntes invisíveis.
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